Livro Reconhecendo e Corrigindo Más Oclusões
Informações Técnicas
Autor: Eustáquio Afonso Araújo
ISBN: 9788588020955
Páginas: 476
Edição: 1ª
Ano: 2017
Idioma: PT-BR
Capa: Comum
Formato: 21 x 28 x 2 cm
Peso: 1.00 kg
Resumo: Professores de Ortodontia são frequentemente confrontadas com perguntas ?capciosas?, em que o interlocutor só
busca saber se o/a professor (a) comunga de sua visão. Dentre as perguntas mais comuns está: ?Você ensina
tratamento precoce aos seus alunos?? Por experiência, sei que se a resposta vai de encontro à visão do
interlocutor, uma conversa de grande acordo se segue, e que se a resposta não vai de encontro à sua visão, uma
conversa de grande divergência se seguirá, de modo que prefiro responder não da maneira esperada, mas
estimulando o raciocínio. Minha resposta poderia ser ?Sim, ensinamos tratamento precoce e tratamento tardio e
também tratamento muito precoce e muito tardio. Também realizamos tratamento de uma fase, duas fases, três,
quatro, cinco, seis, sete, oito, até nove fases de tratamento... ou mais, se preciso for.?
Claro, esta resposta é muito desconcertante e eu sou solicitado a explicar o que quero dizer - o que fico feliz em
fazê-lo. Para fornecer suporte à minha resposta, forneço vários exemplos. Um deles, falo sobre um estudo que foi
realizado há muito tempo por um ex-aluno de pós-graduação chamado Greg Dyer 1 . Ele estudou duas amostras
tratadas, uma de meninas adolescentes e outra semelhante de mulheres adultas e comparou os resultados dos
tratamentos realizados. Uma informação importante foi obtida, no grupo de adolescentes, ele encontrou que o
crescimento forneceu 70% da correção (i.e. a mandíbula superou a maxila) enquanto apenas 30% foi devido ao
movimento dos dentes. Na amostra adulta, o crescimento foi nulo, ou em alguns casos a maxila superou a
mandíbula e a quantidade de movimento dentário que foi necessário para corrigir a má oclusão foi de 119% - isto é,
o ortodontista teve que fazer todo o trabalho, e ainda mais, para compensar o crescimento deficitário, a fim de
corrigir o problema. Para mim, esta é uma ampla evidência de que é melhor tratar precocemente (como
adolescente) em oposição à tardiamente (como adulto) nesta situação em particular. Este exemplo aponta para o
significado da minha resposta à pergunta colocada anteriormente. Não é se eu sou tendencioso para acreditar
apenas no tratamento precoce ou apenas no tratamento tardio como uma escolha única que deve ser feita, mas sim
que a questão só pode ser respondida no contexto da situação que é apresentada. Neste exemplo, minha resposta
seria tratar precocemente (neste caso, adolescência) quando você é confrontado com uma adolescente de Classe
II; não espere até que se tornem adultas.
No caso do tratamento realizado em múltiplas fases, novamente é o contexto da situação do paciente que
determina o que fazer. Há uma abundância de pesquisas e experiências clínicas disponíveis que sugerem que um
paciente com fenda palatina é melhor tratado precocemente e muitas vezes ao longo de muitos anos, de acordo
com os muitos tipos de tratamentos que estão dispostos em muitas fases. Há também perguntas sobre quantas
fases de tratamento devem estar envolvidas em um caso de cirurgia ortognática. Então, o ponto que eu estou
tentando discutir é que pouco importa se um ortodontista ?acredita? no tratamento precoce ou não, e faz pouca
diferença se ele ?acredita? em tratamentos monofásicos ou em algum outro número de fases. O que realmente
importa é que o ortodontista avalie a condição que o paciente apresenta e, em seguida, aplique a melhor evidência
disponível para a situação ao decidir, se, quando e como, o tratamento deve ser executado. Acreditar de outra
forma sugere que o profissional possa decidir a abordagem antes mesmo de ver o paciente. Mas, adotar uma
abordagem pré-fabricada raramente é a melhor opção, porque os pacientes são todos individualizados.
O que se segue nas páginas a serem apresentadas é uma informação combinada (algumas antigas, mas a
maioria novas) sobre genética, crescimento normal e anormal do esqueleto craniofacial e desenvolvimento da
oclusão. Essas informações servirão de base para a compreensão e a determinação do momento do tratamento.
Você também encontrará informações importantes sobre a construção de um diagnóstico, plano de tratamento e
estimativa do prognóstico, todos com base em registros diagnósticos disponíveis produzidos por tecnologias antigas
e novas. Todos os três tipos de classes de má oclusão de Angle serão considerados em termos de
desenvolvimento, etiologia e tratamento; esse é o recheio desse livro. Finalmente, serão fornecidas informações
sobre certos tópicos de destaque, como a biomecânica, e o que pode ser considerado ?temas órfãos?, incluindo
problemas relacionados à irrupção, função, estética, ausência congênita de dentes, autotransplante e hábitos.
Então, em que aspectos esse livro é diferente dos livros anteriores sobre o tema do tratamento ortodôntico
precoce e preventivo? Considerando os comentários feitos anteriormente neste prefácio, este livro é baseado em
evidências disponíveis, não em tendência, paixão ou fé; ele pretende fazer você pensar e depois aplicar o que está
comprovado.
Este livro também é diferente no fato de que os autores são muito experientes cada um em suas próprias áreas,
e cada um é conhecedor do valor da ciência atual e do conhecimento que a ciência gera. Aqueles leitores que estão
abertos ao desenvolvimento de novas informações e novas ideias devem aproveitar e abraçar o conhecimento e a
orientação aqui contidos. Para aqueles que são muito tendenciosos em seus pensamentos e ações, não tenha
medo de ler este livro; ele abrirá sua mente e ajudará você a ajustar seus pensamentos e ações de forma positiva.
Tenha uma boa leitura; eu penso que você vai achar que vale a pena o esforço em termos de pensamento e, em
seguida, ações fundamentadas que serão benéficas para seus pacientes.
Rolf G. Behrents
Referência
1 DYER, G.S. Age effects of orthodontic treatment: adolescents contrasted with adults. MS Thesis, The University of Tennessee, 1989.
Sumário: Colaboradores VI
Prefácio à primeira edição VII
Prefácio à edição brasileira IX
1 Um guia para o momento adequado
do tratamento ortodôntico 1
Eustáquio Araújo e Bernardo Q. Souki
2 Evolução da oclusão: o que fazer e
quando fazer 8
Bernardo Q. Souki
3 Diagnóstico da dentadura mista:
quantificando o grau de severidade da má oclusão em desenvolvimento 22
Eustáquio A. Araújo e Peter H. Buschang
4 A genética da oclusão dentária e a má oclusão 29
Robyn Silberstein
5 Classe I: Reconhecendo e corrigindo desvios intra-arcada
SEÇÃO I: O desenvolvimento e etiologia da má oclusão de Classe I 42
Peter H. Buschang
SEÇÃO II: Interceptando problemas de Classe I em desenvolvimento 54
Eustáquio Araújo
6 Reconhecendo e corrigindo a má oclusão de Classe II
SEÇÃO I: O desenvolvimento, características fenotípicas e etiologia da má oclusão de Classe II 90
Peter H. Buschang
SEÇÃO II: Tratamento da Classe II: Problemas e soluções 108
Eustáquio Araújo
7 Reconhecendo e corrigindo a má oclusão de Classe III
SEÇÃO I: O desenvolvimento, características fenotípicas e etiologia da
má oclusão de Classe III 137
Peter H. Buschang
SEÇÃO II: Tratamento da Classe III:
Problemas e soluções 151
Eustáquio Araújo
8 Tópicos especiais
SEÇÃO I: Controle do hábito: o papel da função no tratamento da mordida aberta 189
Ildeu Andrade Jr. e Eustáquio Araújo
SEÇÃO II: Desvios de irrupção 200
Bernardo Q. Souki e Eustáquio Araújo
SEÇÃO III: Estratégias para gerenciamento de segundos pré-molares ausentes em pacientes jovens 211
David B. Kennedy
SEÇÃO IV: Princípios e técnicas de autotransplante de pré-molar 227
Ewa Monika Czochrowska e Pawel Plakwicz
SEÇÃO V: Mecânica ortodôntica na dentadura mista 235
Gerald S. Samson
Índice remissivo 247
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